E mais não digo

São as pessoas que mais gosto que mais me desiludem. Porque será?

Talvez porque as outras que gosto menos, lhes dou menos importância e nem ligo. É delas que mais espero tudo aquilo que dou, mas acho que no fundo somos todos assim. Na amizade, no amor, na vida é assim que funciona, esperamos sempre receber igual ao que damos, não falo de objectos mas sim de sentimentos. Parece-me que é assim que se constrói os afectos. E depois as pessoas são tão importantes para nós, que nunca metemos em causa virem a desiludir nos com o quer que seja. Mas por vezes acontece! E aconteceu-me a mim, já é a 2ªvez, e se calhar não vai ser a ultima

Andei triste, andei chateada, andei confusa, e andei engasgada com as palavras que não disse, e acho que nunca vou dizer! Cheguei a pensar se seria assim tão má pessoa. Mas não sou

A 1ª (ou a que mais me marcou), a pessoa em questão, por um novo amor, desligou-se do marido, do filho, dos amigos e de mim!
Senti muitas saudades das conversas, brincadeiras, lanches, queixas dos seus quilos a mais, das suas tonteiras, era meia esquisita mas eu gostava dela. Abandonou a nossa amizade sem dizer adeus, talvez com medo que eu não aceita-se, e não ,não ia aceitar! Levei tempo para acreditar que fosse possível aquilo acontecer! A minha parte cumpri, ajudei o filho dela como se fosse meu, quando tentou voltar, o lugar vazio que deixou, já estava ocupado…com rancor, com mágoa e com grande desilusão.

Agora ao fim de 5 anos, a historia voltou a acontecer só mudou o elenco.
Não olho a pessoa da mesma forma. E não tenho maneiras estranhas de ver as pessoas, nem as situações. Felizmente, falta de visão ainda não tenho! Só que já não é igual. Também já não sinto igual. Os meus actos de afecto não são os mesmos. Não acredito mais. Basta, para ser amiga de ocasião ou de fases, prefiro não ser, temos pena! Mas sim sou assim, não sou perfeita, nem ao longe! Não tenho jeitinho para "menhoquices" de palavrinhas bonitas, nem jeitinho para ser amiga só por uma questão de disponibilidade! Quando não há mais nada para fazer. Já chega ! O período de carência acabou.
Desculpa!
Desculpo, mas jamais esquecerei…. Ou seja é o mesmo que não desculpar interiormente, vendo bem até não é uma questão de desculpar mas sim de lamentar.
Não tenho a culpa de ter uma forma diferente de ver a vida.

Que tenham felicidade e saúde na vossa vida em dobro da que desejo para mim.

Sinto-me aliviada